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Perguntas e respostas sobre Dieta Enteral em crianças com livro de receitas
Você sabia que a desnutrição ainda é considerada um grande problema de saúde pública mundial?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), existem 178 milhões de crianças desnutridas no mundo1. Este quadro representa um grave problema, já que a falta de nutrientes pode desencadear diversos problemas de saúde.
Na forma de desnutrição mais grave, o sistema imunológico delas pode ficar muito debilitado, favorecendo o surgimento de novas doenças e aumentando até mesmo os riscos de mortalidade1.
Quando a causa da desnutrição está associada a alguma doença ou dificuldade na alimentação via oral (pela boca), é indicada uma forma de nutrição chamada Terapia Nutricional Enteral2.
Confira algumas perguntas e respostas sobre este tipo de nutrição:
O que é Terapia Nutricional Enteral?
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) teve início no Brasil na década de 1960. Seu objetivo principal é recuperar ou manter o estado nutricional de uma pessoa, sendo definida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como:3
“Alimento para fins especiais com ingestão controlada de nutrientes, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar”.Quando a Terapia Nutricional Enteral é indicada para crianças?2
A Terapia Nutricional Enteral é indicada quando a criança e grau de desnutrição causada por dificuldade, parcial ou total, de mastigar e/ou engolir, mas que apresentam a parte da digestão, absorção dos nutrientes e evacuação normais. Leia mais sobre as Doenças que podem levar à necessidade de nutrição por Sonda Enteral.
Pode ser usada de forma exclusiva ou para complementar a alimentação, considerando as idades entre 01 e 10 anos.
É muito importante lembrar que o diagnóstico da desnutrição, bem como a prescrição da dieta enteral, incluindo a quantidade de nutrientes e a forma de administração, cabe sempre ao profissional da saúde e, quando possível, a uma equipe, incluindo um médico e um nutricionista.
Como pode ser feita a Terapia Nutricional Enteral?2
A Dieta Enteral pode ser feita de duas formas, por via oral ou enteral.
Na forma oral, a criança se alimenta pela boca, usando um sistema de Terapia Nutricional Enteral conhecido como aberto, ou seja, os nutrientes são industrializados e oferecidos de forma líquida ou em pó, para serem misturados, enriquecendo ou compondo a dieta.
Na forma enteral, é necessária a passagem de uma sonda, um tubo fino e flexível que conduz o alimento até o estômago. Neste caso é utilizado o sistema fechado, com alimentos na forma líquida, acondicionados em bolsas e outras embalagens estéreis, prontas para serem administradas.
Leia mais sobre os tipos de dieta: Dieta caseira x Dieta industrializada: entendendo as diferenças
Quais nutrientes são usados na Dieta Enteral?
Quando a criança não come, ou passa por um procedimento cirúrgico, ou quando começa a entrar no quadro de desnutrição, é comum que ocorra perda de massa muscular, o que está relacionada com a piora do sistema imunológico e com o aumento de complicações. Sendo assim, existem dois pontos que devem ser considerados como essenciais na nutrição destas crianças: 4
1 – Maior oferta de calorias: Neste caso, deve-se usar uma gordura de boa digestão. As gorduras possuem mais que o dobro de calorias quando comparadas com carboidratos e proteínas. O TCM, os Triglicerídeos de Cadeia Média, são uma excelente opção de lipídio, pois são rapidamente digeridos, absorvidos e transportados pelo organismo, fornecendo energia sem que sejam acumulados em forma de gordura, sendo também uma boa opção para crianças acima do peso ou com obesidade5.
2 – Quantidade de proteínas de boa qualidade e alta absorção: A proteína do soro do leite (Whey Protein) é de altíssima qualidade sendo obtida durante o processo de fabricação dos queijos, a partir do soro, sua parte líquida. Tem alto valor nutricional, aminoácidos essenciais, além de cálcio e peptídeos bioativos do soro. Vários estudos mostram que a proteína do soro do leite é absorvida mais rapidamente que as outras e, por não conter lactose, descartada no processo de fabricação, é uma excelente opção inclusive para crianças com alergia e intolerância6.
Atenção a presença de glúten e lactose
Muitas crianças podem apresentar paralelamente à desnutrição, algum tipo de restrição, intolerância ou alergia a, por exemplo, lactose e glúten7,8.
Portanto, algumas dietas não contêm estes ingredientes para atender a maior parcela destes casos.
A criança pode ter uma vida normal?
A Terapia Nutricional Enteral é um método simples, seguro e eficaz, que ajudará a criança a recuperar o seu estado nutricional adequado e ter uma melhor qualidade de vida.
O planejamento e o acompanhamento da Terapia Nutricional Enteral inclui profissionais da saúde, como o médico e o nutricionista em parceria com a família e/ou cuidadores, ajudando a criança a passar por todo o processo.
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Uma forma de passar por este “período de tratamento” de uma forma mais prazerosa, é oferecer a nutrição enteral para crianças no preparo de receitas como: sorvetes, tortas e pratos salgados, por exemplo, estrogonofe, utilizando o produto em pó com sabor neutro. Assim, é possível incluir receitas saborosas e saudáveis para o dia a dia da criança, sem "gosto de remédio”, fazendo com que a criança tenha uma melhor aceitação à alimentação.
Para isso, a Nestlé Health Science preparou um LIVRO DE RECEITAS DE NUTREN JUNIOR com receitas doces e salgadas deliciosas, que você pode baixar gratuitamente, apenas clicando aqui.
Bibliografia
1.Organização Mundial da Saúde. Acesso em https://www.who.int
2.Silva S.M.R., Assis M.C.S., de Silveira C.R.M., Beghetto M.G., de Mello E.D. Sistema aberto ou fechado de Nutrição Enteral para adultos críticos: há diferença? Rev Assoc MedBras. 2012; 58:229-33.
3.Costa M.F. Nutrição Enteral: sistema aberto ou sistema fechado? Uma comparação de custo-benefício. Rev Bras Nutr Clin 2014; 29 (1): 14-9.
4.Hauschild, Daniela e col. Há diferenças nas práticas de Terapia Nutricional entre pacientes pediátricos graves clínicos e cirúrgicos? BRASPEN J 2019; 34 (4): 367-73
5.Ferreira A.M.D., Barbosa P.E.B., Ceddia R.B. A influência da suplementação de triglicerídeos de cadeia média no desempenho em exercícios de ultraresistência. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 9, Nº 6 – Nov/Dez, 2003.
6.Fabiano Kenji Haraguchi F.K., de Abreu W.C., de Paula H. Proteínas do soro do leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana. Rev. Nutr. 19 (4). Ago 2006.
7.Moimaz, S.A.S. et al. Percepção de pais de crianças alérgicas ou intolerantes alimentares em relação à doença. J. Hum. Growth Dev., São Paulo, v. 29, n. 3, p. 354-364, dez. 2019.
8.Galvão L.C., Brandão M.M., Fernandes M.I.M., Campos A.D. Apresentação clínica de doença celíaca em crianças durante dois períodos, em serviço universitário especializado. Gastroenterologia Pediátrica. Arq. Gastroenterol. 41 (4). Dez 2004.
9.Van Aanholt DPJ, Dias MCG, Marin MLM et al; Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral Associação Brasileira de Nutrologia. Terapia Nutricional Domiciliar. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Projeto Diretrizes (DITEN 2011).