DII e atividade física

O que é DII (doença inflamatória intestinal)?


A doença inflamatória intestinal (DII) é um termo usado para descrever duas condições: colite ulcerativa e doença de Crohn. A colite ulcerativa e a doença de Crohn são condições de longo prazo que envolvem inflamação do intestino.


Colite ulcerativa


A colite ulcerativa afeta apenas o cólon (intestino grosso). Seus principais sintomas são: diarreia, dor abdominal e perda de peso, podendo causar sintomas sistêmicos como mal estar, anorexia, emagrecimento e febre.¹


Doença de Crohn


A doença de Crohn pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, desde a boca até o ânus. Seus principais sintomas são: diarreia sanguinolenta, tenesmo, eliminação de muco, cólicas abdominais e urgência para evacuar.¹


Quem são os mais atingidos?


As DII atingem em proporções semelhantes tanto o homem quanto a mulher. Sendo mais frequente no adulto jovem entre os 20 e 40 anos.²


DII e a osteoporose


Estima-se que 30% a 60% das pessoas com doença de Crohn ou retocolite ulcerativa têm densidade óssea abaixo da média.³ Isso acontece porque os sintomas e o tratamento das doenças inflamatórias intestinais causam alteração do índice de massa corporal (IMC), o que desencadeia a redução da densidade mineral óssea - osteoporose - e da massa muscular, o que influência negativamente na qualidade de vida de quem apresenta a doença. 4


A importância da atividade física


Os exercícios físicos possuem um importante papel na qualidade de vida dos portadores de doenças inflamatórias intestinais e pode ser considerado um dos tratamentos complementares.


Além de benéfico para tratamento e prevenção da osteoporose, os exercícios físicos de baixa e moderada intensidade promovem a melhoria na qualidade de vida e auxiliam no trato gastrointestinal, que estão associados à prevenção do câncer de cólon, doenças inflamatórias intestinais, doença diverticular, redução da constipação, colelitíase (calculo biliar) e hemorragia gastrointestinal. 4


São recomendados de 20 a 60 minutos de exercícios aeróbios, de 2 a 5 dias por semana, e treinamento de força, no mínimo duas vezes por semana como complemento, para assim minimizar ou reverter a perda muscular e melhorar a densidade mineral óssea. 4


Existem restrições para a prática de exercícios?


Embora a prática de atividades físicas seja recomendada, ela deve ser realizada sob orientação médica. Só um médico poderá indicar a melhor atividade de acordo com o grau da doença e as respostas que cada paciente irá apresentar. Em pacientes com Doença de Crohn em remissão, que não apresentam complicações, o exercício de baixa e moderada intensidade contribui para melhora da qualidade de vida. Porém, em períodos de crise, é indicado controlar os sintomas e retornar às atividades quando houver melhoras. 4,5


Referências bibliográficas


  1. Geier MS, Butler RN, Howarth GS. Inflammatory bowel disease: current insights into pathogenesis and new therapeutic options; probiotics, prebiotics and synbiotics. Int J Food Microbiol. 2007;115(1):1-11.

  2. Barbie D. Doenças inflamatórias intestinais. Jornal de Pediatria. 2000; 76 Supl.2: S174.

  3. Perda óssea pode ficar maior devido à DII. Rev. da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn. 2018 dez; 66: 8-11.

  4. Briza W, Navarro A, Sanches L, Bastos K. Os benefícios do exercício físico em pacientes com doenças intestinais inflamatórias. Rev. Brasileira de Nutrição Esportiva. 2010 [Acesso em 27 mai. 2019]; 4: 104-108. Disponível em: rbne

  5. Carvalho A, Matoso A, Teodoro L, Filho S, Mendonça T. Entenda a Doença inflamatória intestinal. ABCD [Internet]; São Paulo. [Acesso em 27 mai. 2019] Disponível em: abcd
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